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Cyntia Pinheiro
Uma mulher subiu na mesa do bar e fez da saia um disco voador
Textos
Exibicionista
Exibicionista
Cyntia Pinheiro

Se contorcia sobre as almofadas rechonchudas e coloridas.
Barulhava, arfava, gemia.
Seus pezinhos se esfregavam, estava inebriada. Estava em êxtase!
Eu a observava com os óculos na ponta do nariz.
Ela gosta de se exibir para mim, esfregando-se pelo chão, no cio.
Vai e vem num ritmo alucinante. Seu brinquedinho a deixa mais agitada ainda.
Está consolada. Ela ama consolar-se em qualquer canto da casa.
Isso porque ela é louca, inconsequente. Não dá a mínima pra ninguém.
Ela gosta mesmo de plateia, de se exibir, especialmente quando está carente.
Essa mocinha sempre quer carinho, sempre quer ser envolvida e tocada. Ela ama o meu toque.
Quando a toco ela se agita, como se me dissesse palavra de gratidão.
E usa sua língua para retribuir meu carinho. Ela me lambe inteiro, me faz sorrir!
Gosta do meu cheiro e da minha companhia.
Se esparrama em cima de mim sempre que pode e até quando não pode ela quer escalar meu corpo.
Eu adoro o jeito dela. Ela é tão inocente. Tão barulhenta. Tão meiga.
Ela tem o melhor olhar de todos. O olhar de fidelidade, o olhar amigo de uma verdadeira dama.
Adoro quando ela está com um laço no cabelo, fica ainda mais linda. E sempre que está perfumada, espalha no ar sua delicadeza.
Minha shih-tzu é muito especial. Adoro minha cachorrinha.
Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 22/03/2021
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