Existência morna
O tempo, menino vadio,
Riscou-me o cenho,
Corrugou-me os cantos,
Esticou todos os meus elásticos.
Sou agora um retrato flácido
Em um espelho mole
Esculpida pela rigidez
De uma existência morna.
Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 08/03/2023