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E o verbo...
Não quero as palavras usuais,
As do cotidiano, do disse-me-disse
E as displicentes.
Quero as engavetadas,
Cheirando a naftalina,
As que se vestem em noites festivas.
Quero as que dizem sem dizer
As que ornam o silêncio
E as que adornam mais do que dizem.
Quero palavras encomendadas,
Esculpidas, as artesanais,
Aquelas que encantam e tocam.
Talvez as palavras antigas
As velhas, das bruxas e dos deuses,
As feitas para enfeitiçar.
E que as palavras mais escondidas
Vistam-se como novas
E venham à luz, exercer seu papel.
Que elas saiam das catacumbas
Erupcionem, eclodam, reencarnem.
E o verbo se faça. Amém.
As do cotidiano, do disse-me-disse
E as displicentes.
Quero as engavetadas,
Cheirando a naftalina,
As que se vestem em noites festivas.
Quero as que dizem sem dizer
As que ornam o silêncio
E as que adornam mais do que dizem.
Quero palavras encomendadas,
Esculpidas, as artesanais,
Aquelas que encantam e tocam.
Talvez as palavras antigas
As velhas, das bruxas e dos deuses,
As feitas para enfeitiçar.
E que as palavras mais escondidas
Vistam-se como novas
E venham à luz, exercer seu papel.
Que elas saiam das catacumbas
Erupcionem, eclodam, reencarnem.
E o verbo se faça. Amém.
Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 22/12/2023
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