Ah! Que pena é o amor!
Viaja leve, flutua pelo ar
Branco, lídimo, natural.
Encontra no outro, um pouso.
Faz cócegas em todos os avessos
Em alguns, reside,
Em outros, resiste.
Guerra travada no caos.
Depois dá-se em versos
Ao cais. À onda. Ao solo.
Cai por terra enlameado,
Que pena! De branco nada mais!
Nunca mais voa,
Nunca mais se lava.
É sujo e visceral.
O amor. Ah! Que pena!
Caiu no vazio e
Perdeu-se no silêncio.
O amor é uma pena.