Ternuras
O sol vai sulcando a epiderme da água,
Espocam luzes matinais.
O vento fabrica uma paz de andorinhas
E na retina nostálgica beijo o mar.
A sinfonia das conchas inaugura
Uma flor de lã em meu seio.
O sal me orna em pêssegos
Sou dourada e passageira.
Então amanheço um Zênite,
Héstia a evocar sossego.
Padeço ameaças de amor,
E rendo-me às ternuras do dia.
Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 16/10/2024