Não vou pra Pasárgada,
Esse idílico e longe,
E livre e livre e livre.
Não vou pra onde canta
O sabiá das marianeiras
Nem pego o trem na plataforma
Dessa estação.
Não vou nessa aventura errante
Onde o riso se transforma em pranto e
Também não devolvi as chaves de minha porta.
Vou embora para onde haja
Vento calmo e alguma solidão,
E um canto de cigarra
Em qualquer noite.
Procuro sossego e felicidade
Vou pra dentro de mim
Vou ser feliz. Não volto.
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Cyntia Pinheiro em parceria com Manuel Bandeira, Vinícius de Morais, Tagore, Cecília Meireles, Shakespeare, Cazuza, Milton Nascimento, Pablo Neruda.