Textos
Velhice
Quero a segurança embaixo da pele
Numa velhice medida em poros
E um alvorecer em pinceladas de Picasso
Que não desbota os magentas e os girassóis do tempo.
Que na olhadela austera de rancores,
Eu encontre um narciso em eco eco eco...
E num poema de Baudelaire esparrame virtude
E vinho, tingindo de vinho a natureza morta
De um passado embriagado.
Quero a segurança embaixo da pele
Medida em poros de gente velha.
E quero ser uma velha bem velha
Com cara de bruxa velha.
E se eu encontrar numa esquina ou num borralho A sementeira de saberes que plantou mulheres:
Ah! Florbela! Ó, Alba de Céspedes! Ó, Cora!
Florescerei como Rosa. Roseira velha.
Porque ser uma bruxa velha
É corajoso. É bonito. É poético.
É contravenção!
E é perigo!
Numa velhice medida em poros
E um alvorecer em pinceladas de Picasso
Que não desbota os magentas e os girassóis do tempo.
Que na olhadela austera de rancores,
Eu encontre um narciso em eco eco eco...
E num poema de Baudelaire esparrame virtude
E vinho, tingindo de vinho a natureza morta
De um passado embriagado.
Quero a segurança embaixo da pele
Medida em poros de gente velha.
E quero ser uma velha bem velha
Com cara de bruxa velha.
E se eu encontrar numa esquina ou num borralho A sementeira de saberes que plantou mulheres:
Ah! Florbela! Ó, Alba de Céspedes! Ó, Cora!
Florescerei como Rosa. Roseira velha.
Porque ser uma bruxa velha
É corajoso. É bonito. É poético.
É contravenção!
E é perigo!
Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 21/02/2025
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