Fim
Quando disserem que é terminado o amor
Que acabaram-se as horas de leito morno
E das tarde infinitas no véu de teu lábio.
Quando decretarem estendido sob a relva morta
Teu silencioso e magro espectro
Teu semblante calmo, puro e benevolente.
Quando, por fim, te encerrarem na existência
Sem que te abras outra vez os olhos,
Serei a terra que te acolhe e a brisa que te beija.
Na imensa hora do adeus hei de esperar-te
Para seguirmos de par em par,
Nas asas da gloriosa morte e da inevitável vida!
Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 29/04/2025