Permitam-me um último devir poético.
Noturno. Presente. E amanhã de novo.
Olhem só vocês a delícia de ser amada,
Nix beija-me ante um noturno imaginado,
Um Chopin inaudível, surdo,
Tocando em meu peito.
Ou é saudade ou é miragem.
É cosmogonia primordial.
Asas negras, opus 9.
Um luxo sem ouvido.
Poesia sensorial.
Luxuriante verbo derramado
Em meu vestido de festa.
É noite. Suas asas negras me são.