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Cyntia Pinheiro
Uma mulher subiu na mesa do bar e fez da saia um disco voador
Textos

Biblioteca Antropodérmica

 

 

Carrega em si uma vastidão.

Coisas prontas para pingar da língua

Num gotejar profético.

Vai de Diadorim a Raskólnikov,

Não só viver, mas existir,

Morrendo para provar que viveu!

 

De Severino a Ivan Ilitch,

Viver como se deve,

Iguais em tudo na vida?

 

Abriga Coras, Clarices, Rosas,

Em palavras subcutâneas,

Que nas madrugadas recitam

Numa profusão dadivosa!

 

Feminista intransigente,

Feminina quase sempre.

De Simone de Beauvoir

Tornando-se mulher,

A Cecília, em elegias de

Cigarras, grilos e narinas.

 

Ela é assim, uma biblioteca:

Antropodérmica.

Abaixo de si, no dentro,

É onde está. É onde elas estão.

Elas, as palavras.

 

 

 

Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 10/07/2025
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