Iridescência
Aquele anzol de impiedosa beleza
Fisgou meu olho, atravessou a retina,
Fez-me um pescado dourado
Pronto para um prato de porcelana.
Eram as flores azuis, sazonais
E indiscretas, que pululavam
Como se gozassem,
Como se jorrassem,
Para dentro de mim
A iridescência das escamas
De um náufrago.
Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 28/07/2025